quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

O Pequeno Monstro

Quando eu penso que já li de tudo e que nada mais me espanta ou me indigna, sempre tem alguém que consegue me voltar para a podridão do mundo. Estamos em um período em que catástrofes naturais devastam o mundo e que em consequência disso países pobres estão em estado calamitoso, mas parece que mesmo assim há gente que consegue mimar o filho e cercá-lo em um mundo falso onde ele e sua família desconhecem o sofrimento dos outros.
Pois, foi isso que aconteceu na Escócia. Moya Wren-Campbell, uma mulher de 40 anos vendeu sua residência para pagar os mimos da pequena Madison Wren-Campbell (O MONSTRINHO) de 9 aninhos, que cuti cuti né? Sim, isso mesmo a mãe estava cansada de desembolsar 5 mil libras por mês em salão de beleza para Madison, isso sem contar o guarda roupa abarrotado de peças de grife e que precisa de uma manutenção constante.


Agora para que tudo isso? O sonho de Moya era torna sua filha uma modelo-mirim mundialmente famosa e, mesmo com tanto "investimento", o que foi arrecadado até agora com prêmios conquistados pela pequena "Gisele Bundchen"  não são o suficiente para pagar os estragos na conta bancária feitos pela menina.
A situação da família parece piorar, já que o monstrinho está dando ainda mais trabalho aos pais depois que perdeu a mordomia de seu lar, os familiares levarão mãe e filha para um programa de auditório da tv britânica (algo parecido com o Programa da Márcia ou o Casos de Família) para que um terapeuta convença Moya a reeducar sua filha. Na verdade acho que um Exorcista resolveria de forma mais eficiente o caso.

A TV DOS REALITYS

Não amiguinhos, não estou me referindo a um ou outro canal específico. O título compreende a junção de todos os canais de grande audiência e programação de massa que acharam nesse tipo de programa uma nova fonte de renda e audiência.
Não acredito que demore muito até que outros canais, que aparentemente são sérios e voltados à outras formas de programação, se rendam a febre dos 'Reality Shows' (que cá entre nós, já rendeu o suficiente).
Afinal o que é 'Reality Show'? Se fomos traduzir ao pé da letra seria algo como: Show da Realidade, se é assim então porque muitos participantes atuam, fingindo ser algo que não são? É bandido fingindo ser mocinho e mocinho bancando a galã....francamente não faz sentido.
O nome BIG BROTHER, só a fundo de curiosidade, vem do filme (altamente recomendado por mim) 1984, nele o equipamento utilizado para espionar os prisioneiros se chama "BIG BROTHER", o filme não tem nada dessa aparência bacana que o programa global quer passar. Quem tiver curiosidade assista ao filme e veja a diferença.
Desde de 2001 (ano em que grande parte da população brasileira passou a conhecer o que é Reality Show, com BBB1) nos pegamos (inclusive essa pobre mortal que vos escreve) assitindo a intimidade dos participantes dos 'realitys' e acabamos nos indentificando e até torcendo para alguém que nem conhecemos.
De lá pra cá já são quase 10 anos "dando uma espiadinha" no que acontece seja na "Casa de Luxo ou no Puxadinho do BBB", na "Fazenda" dos artistas esquecidos ou na loucura psicológica do "Solitários" (na minha opinião é o mais original dos realitys e o mais 'cruel' também).
Será que não há outra forma de entretenimento? Sim, pois esses programas não são exclusividade nossa, são na verdade uma forma americanizada de se fazer televisão, quem tem tv a cabo sabe disso. Há reality show para tudo e de todos, exemplos: "A shot of love" - onde 20 pessoas (entre homens e mulheres) ficavam presas em uma mansão disputando o amor de uma modelo; "Gene Simons and Family Jewels" - estrelado por Gene Simons (baixista e marketing da banda KISS) e sua família, mesma linha do extinto "The Osbournes".

Está na hora de uma reforma urgente na grade de programação da tv aberta, chega de mesmice, muitos estão pagando para ter algo que poderia nos ser oferecido gratuitamente. E olha que mesmo assim não vejo muita vantagem, os canais a cabo também deixam muito a desejar, pois tem muitos comerciais (longos e intermináveis) e para quem não pode pagar o pacote completo não há muita opção de entretenimento. Cadê os programas inteligentes? Um pouco de cultura não machuca, não é mesmo?
Estão faltando mais humorístas competentes (que não precisem forçar a barra para arrancar algum sorriso dos telespectadores), mais alguns "Serginhos" Groisman e "Jôs" Soares alavancar os programas de auditório.....Enfim, são só idéias que gostaria de ver, um dia, serem utilizadas.